quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Participei do Construindo um Sonho do SBT - Parte 6 - Tomando o Suco Desconhecido e Conhecendo os estúdios do SBT.


Ola pessoas!!! Voltei! Perdoem o sumiço, mas andei muito ocupada nesses dias e precisei de uns dias para me inspirar a escrever novamente.
Continuando com a história ainda no Hotel Fazenda, era raro uma visita de alguém da produção do SBT, as vezes eles telefonavam para saber se não havíamos infringido nenhuma regra... Parecíamos presidiárias marcando com um "x" num pedacinho de papel cada dia que se passava do mesmo jeitinho, passeando com os cachorros, pulando a janela com as garrafas de café com leite que ganhávamos da Dona Tereza (a cozinheira oficial) com bolo que ela fazia para nós tomarmos de café da tarde, era muito gostoso.
O que e quem nos salvou do calor foi o suco de capim santo com limão da Sandra da cozinha... Puxa... Que a Sandra seja muito abençoada, a história de vida dela é muito triste, ela devia ter uns 35 anos no máximo e nos contou que perdeu um filho de 12 anos de idade atropelado há 2 anos, e quando isso aconteceu, ela foi dar a notícia a sua mãe (avó do menino), e a mesma teve um infarto fulminante e morreu também... Ela enterrou o filho e a mãe no mesmo dia... O pai dela até hoje não conversa com ela, ele a culpa pela morte da mãe...
Mulher sofrida, mas de bom coração, trabalhadora e vendo nossa sofreguidão passando aquele calorão e podendo tomar apenas 1 garrafinha de água cada uma de nós ela nos ofereceu suco de capim santo com limão. Nós não sabíamos o que era capim santo, mas na atual conjuntura tomar mato era melhor do que morrer de sede.
Gente! que suco maravilhoso! capim santo era erva cidreira de capim, e lá isso tinha pra todo lado, ela batia a erva cidreira com limão e açúcar no liquidificador e Voilà criava o suco mais refrescante que já tomei... Ficamos fãs, era suco de capim todo dia! rsrs.
A Milene era a recepcionista do segundo turno e o apartamento dela era ao lado do nosso, ela dormia lá quase sempre, mas ela não era obrigada a dormir, podia sair ou ir para casa dela quando quisesse. Jovem, bonita, ela passeava sempre que podia e quando ficava minha mãe e ela batiam muito papo e fumavam como caiporas (eca!).
Um belo dia a Ivonete, produtora do programa também, e a que mais mantinha contato conosco ligou nos avisando que iríamos aos estúdios do SBT no dia seguinte, e assim foi.
Logo cedo havia um carro do SBT nos esperando e seguimos direto para Osasco.
Chegando lá, nós três parecíamos crianças, olhando todo aquele espaço onde são feitas aquelas gincanas do SBT, achamos que iríamos ver o Silvio Santos, a Eliana, ah! mera ilusão. Assim que colocamos os pés fora do carro já fomos levadas diretamente para um camarim, e quando entramos vimos o que parecia uma miragem: bandejas com refrigerantes, sanduíches naturais, sucos, frutas como ameixas, uvas, maçãs.... nossa! parecíamos "mortas de fome" pois desde que estávamos no Hotel Fazenda nunca mais tínhamos visto frutas, tudo aquilo... Mas nossa alegria durou pouco, como citei em um ou mais de um dos capítulos anteriores a equipe de produção toda (falando de um modo geral) eles são totalmente desorganizados, afoitos, grosseiros, e muito, mas muito apressados, parece que estão o tempo todo sob pressão e descontam na gente.
Mal colocamos algo na boca, já chegou a Ivonete com as figurinistas e camareiras para que trocássemos de roupas, tínhamos que colocar o "uniforme" do programa. Tudo bem, trocamos de roupa e novamente quando íamos comer nos levaram para arrumar o cabelo e fazer maquiagem.
Vocês pensam que lá melhorou o tratamento? que nada! não lavaram nossos cabelos, fizeram escova em nós três com o cabelo do jeito que estava mesmo, ninguém nem perguntou nosso nome, era como se nem estivéssemos ali, e eles como máquinas de trabalhar em nossos rostos, para nos maquiarem, no final das contas, minha vó que nunca gostou de alisar o cabelo não se via no espelho e não sabia o que estavam fazendo, porque eles não tiveram a capacidade de elevar a cadeira dela para que ela se visse no espelho, e por fim, quando ela viu o "horror" que havia ficado de escova ela queria ir embora, disse que não ia entrar no palco, foi um sufoco para convencê-la (e ficou feio mesmo - total descaso e humilhação).
Lá no estúdio um frio de lascar, é ar condicionado para todos os lados, a temperatura tem que ficar baixa, eu não lembro ao certo, mas devia estar entre 16 e 17 graus lá onde fizemos as provas para ganhar os prêmios.
Para não dizer que eles são terroristas, eles nos deixaram ver quais as provas que íamos realizar, o pessoal mais simples, do serviço bruto, de organizar o cenário, som e iluminação foram muito bacanas conosco, e conhecemos também o moço do setor de cartas, que leu nossa carta e a escolheu.
Na hora das provas eles torciam muito por nós, e conseguimos ganhar todos os prêmios.
Só consegui um autógrafo do Celso Portiolli nessa hora, antes que ele voltasse para o camarim, e foi muito rápido. Muita gente nos pergunta como ele é pessoalmente e se desse tempo de ter mais contato com ele eu poderia descrever melhor, mas as aparições dele são só nas gravações e ele some sem dar vestígios nem se despede.
Ele é alto, tem os cabelos pretos, olhos castanhos, pele bem branquinha como pêssego e usa muita maquiagem... rsrs.
Depois das provas voltamos para o camarim e dessa vez pensamos que íamos comer! Não, não e não! la veio a Ivonete com as figurinistas e camareiras para que tirássemos os uniformes e experimentássemos as roupas que a Ivonete tinha comprado para nós usarmos na entrega da casa.
Nunca vi tanto mau gosto em toda minha vida! minha mãe concordou e minha avó dessa escapou, pois tinha levado uma roupinha que eles acharam que era boa para ela vestir na entrega da casa.
Para mim ela deu um sapatinho scarpin boneca bege (esse era bonitinho) com uma calça saruel preta e uma camisa cor de rosa que parecia camisa de força, sério mesmo!
Gente, gosto é gosto e eu "odeio" calça saruel, eu acho muito feia mesmo, eu não ia usar aquilo e como meu saco já estava cheio e eu estava com fome, eu dessa vez desabafei, disse que não ia usar aquilo, que a calça era horrorosa, que eu não gostava que ficou horrível em mim (e ficou mesmo, eu já sou baixinha ainda me colocam uma calça saruel com aquele cavalo lá no joelho, eu parecia um anão!) E ela discutia comigo, dizendo que era para eu estar feliz, porque eu ia ganhar uma casa, que era para usar só no dia....
Ah! claro, euzinha em rede nacional vestida como uma louca de hospício ia ficar com cara de feliz? eu disse isso para ela, disse também que era óbvio que eu não ia ficar feliz usando aquelas roupas e o clima entre a gente esquentou, foi quando minha mãe viu que eu ia literalmente pular no pescoço dela e intercedeu, trocou a roupa dela com a minha, mas mesmo assim mau gosto é mau gosto, a roupa da minha mãe era menos feia, e ficou grande para mim, pois minha mãe e mais alta que eu... A Ivonete disse que ficou muito triste, que comprou com tanto carinho as roupas, que se preocupou com cada detalhe... sei disso... preocupação seria perguntar nosso gosto, e nossa numeração no mínimo!... depois da briga ela até se desculpou porque viu que passou da conta batendo boca comigo. (nunca me deixe com fome, eu me transformo, imagina passando fome a mais de uma semana...)
Aff... mas vai, vamos comer? NÃOOOOOOOO! logo após a saída das pessoas no camarim já veio a Ivonete nos chamando para ir embora... Ah! era demais né, tudo aquilo pra gente só olhar? que crueldade, aquilo era desumano!, pois não me fiz de rogada, peguei tudinho que podia, coloquei dentro da blusa, e dentro das blusas da minha mãe e da minha vó e levamos tudo pro Hotel Fazenda.
Só para matar a curiosidade, nem eu nem minha mãe usamos as roupas que eles nos entregaram, rsrsrsr
Ainda tem muuuiiito mais dessa desventura.... até a próxima.
Abraços.

Um comentário:

  1. que legal menina...e esse programa vai ao ar quandoooo pelamor de Deus?

    bjos

    http://respireecase.blogspot.com/

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