sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Participei do "Construindo um Sonho do SBT" - Parte 4 - O Começo do PESADELO

Quando chegamos em casa, minha mãe e minha avó ficaram muito felizes, o Celso Portiolli entrou na casa com uma equipe imensa de pessoas, é muito gente mesmo, umas 70 pessoas ou mais e foram filmando, conversando conosco, e isso é muito rápido, filmaram a casinha da frente, a da minha avó que era para ser reformada e a da minha mãe dos fundos não era para mexer, pois estava tudo certinho, bonitinho, minha mãe estava na fase final de construção da edicula e eles nos prometeram que na casa dos fundos com tudo dentro, móveis novos, tudo montadinho eles não iam mexer.. 
Para passar isso na tv eles editam um monte de coisas. Mal acabou a parte de filmagem com o Celso, ele desapareceu, ninguém mais vê ele, e ficam os produtores, que não são nada gentis, muito pelo contrário, são ansiosos, estressados, desorganizados e descontam isso na gente... É tudo muito rápido e desorganizado mesmo, não precisaria ser assim não, enquanto ainda estamos na casa, os produtores ficam em cima de nós o tempo todo para ter certeza de que não conversaremos com ninguém, é horrível porque eles no meu caso ela era uma produtora me segurava pelo braço o tempo todo, dizendo pra gente correr, pra fazer as malas, que eles nos emprestam, mas nem sabíamos para onde íamos, o que colocar na mala? nem isso eles respondem, se para onde vamos é quente, é frio, ou o que levar... tínhamos 10 minutos para fazer as malas.
Isso não é nada! enquanto estávamos dentro da casa, fazendo as malas o "suposto" pessoal da "suposta" Granero já vai entrando encaixotando tudo, passando com as coisas por cima de nós, jogando nossas coisa no chão, me deu um dó de ver nosso pequeno armário de dispensa com macarrão espalhado pelo chão e todo mundo pisando em cima, poderiam ao menos pegar as coisas de comer e dar aos vizinhos, bem, só sei que é um horror, nos tiraram da casa em menos de 40 minutos para começar a demolição.
Eu disse "suposta" "Granero", porque os vizinhos nos contaram que depois que saímos de casa pararam dois caminhões e duas caçambas em frente a casa, e algumas coisas entravam em 1 caminhão e outras coisas entravam no outro caminhão, e coisas que não eram lixo, os vizinhos salvaram das caçambas para nos devolverem... Minha avó possuía apenas 3 quadros do meu falecido Tio, e apenas dois desses quadros foram devolvidos por uma vizinha que pegou 1 da calçada e o outro da caçamba de lixo, o 3º desapareceu mesmo e a vizinha devolveu para minha avó depois que voltamos... Minha vó chorou tanto, pois só tinha aquelas fotos de recordação do filho caçula que morreu afogado... é um descaso imenso com nossos pertences...  vou comentar mais sobre isso nos próximos posts.
Era hora do almoço, estávamos com fome e com aquela correria toda cansadas também, é um choque emocional muito grande e nós insistimos muito com eles para levar nossos cachorros, mas a insistência foi dura mesmo ao ponto deles perguntarem para nós: A casa ou os cachorros? e nós respondemos: Os cachorros! Ainda bem que levamos os cachorros, porque era bem capaz de quando voltássemos não existisse mais cachorros....
Ficamos nós 5 (eu, minha mãe, minha avó e os 2 cachorros) na Pousada da Prefeita, há 1 quadra da minha casa, de lá ouvíamos toda movimentação de caminhões, gruas, caçambas subindo e descendo a ladeira, deu para ver a poeira gigantesca quando a demolição começou...
Dá uma dor no coração, uma sensação tão ruim, que é difícil até de descrever, é como se não tivéssemos mais para onde voltar, sem nossas coisas, sem saber o que ia ser de nós...
Quando foi umas 15:30 ou 16:00, não me lembro ao certo, eles nos levaram para almoçar... fecharam o restaurante para que não tivéssemos contato com ninguém, nem para o meu noivo me deixaram telefonar, eles mesmo ligaram e avisaram só por cima o que estava acontecendo...
Na minha opinião eles poderiam  ser mais organizados, não havia necessidade de tirar a gente com aquela pressa da casa, mesmo porque saímos da casa ao meio dia, a casa as 13:30 já estava demolida, limparam o terreno no mesmo dia e depois 18 horas, segundo relatos de todos os vizinhos o terreno ficou ali, sem ninguém trabalhar nele, sexta, sábado, domingo e segunda-feira... Só começaram a fazer alguma coisa na terça-feira.
Eles poderiam ter sentado conosco, perguntar o que queríamos doar, o que não queríamos, poderíamos ter guardado as coisas de valor sentimental na casa dos vizinhos, eles poderiam elaborar um questionário de nossas coisas...Mas não! é tudo uma bagunça!!!!!
Lá no restaurante é que os produtores e produtoras foram conversar conosco,  se é que posso chamar aquilo de conversa.... Depois que comemos veio uma moça com um montão de papéis para nós assinarmos e disse exatamente assim:
"Vou pedir para vocês assinarem esses papéis que estão em branco e vocês vão ter que confiar em nós! são recibos que vamos preencher com despesas de vocês, com a compra das coisas para as notas saírem no nome de vocês e precisamos prestar conta disso depois, ao final de tudo vamos juntos ao cartório para prestar contas e devolver esses papéis para vocês...
Na hora vamos fazer o que? tínhamos opção? a nossa casa já não existia mais, íamos voltar para onde? desistir naquela altura do campeonato não dava mais... Então minha mãe assinou tudo, não deixou que nem eu, nem minha avó assinasse.
Voltamos para a pousada da prefeita e lá ficamos até as 19:00 horas. Depois disso, nos colocaram numa van (nós 5)e viajamos 4 horas e meia até Itatiba - SP, quando chegamos no Hotel Fazenda Green Gold.
As aventuras no Green Gold vão começar e as surpresas da casa também... No próximo post.
 Abraços.

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